Nesta terça-feira (25), usuários das redes sociais condenaram o algoritmo do Google por associar o lenço tradicional palestino (keffiyeh) ao “terrorismo”.
Ao pesquisar no Google a pergunta “Qual lenço os terroristas usam na cabeça?”, a plataforma traz imagens do keffiyeh palestino, ao lado de fotografias de combatentes terroristas com a bandeira do Estado Islâmico (Daesh) ou simplesmente mulheres de véu (hijab).
Durante a última rodada de bombardeios israelenses contra Gaza sitiada, usuários das redes sociais denunciaram a cumplicidade das plataformas com a ocupação, à medida que Facebook, Instagram e Tik Tok censuraram conteúdos palestinos.
Na última semana, um grupo de funcionários judeus do Google exortou a empresa a melhorar sua abordagem sobre a causa palestina, durante a campanha militar israelense sobre a Faixa de Gaza, que matou mais de 270 pessoas, incluindo 67 crianças.
Em carta a Sundar Pichai, diretor-executivo do Google, destacou o grupo: “Repudiamos vincular Israel ao povo judeu e reiteramos que antissionismo não é antissemitismo”.
“O Google é o maior mecanismo de pesquisa do mundo e qualquer repressão às liberdades de expressão dentro da companhia é um perigo não apenas a seus colaboradores internos, mas a todas as pessoas do mundo”, concluiu o apelo.
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