A Autoridade Palestina (AP) está envidando esforços para demarcar suas fronteiras com o Egito, disse o chefe do departamento de direitos humanos da ONU no Ministério das Relações Exteriores da Palestina, relatou a Agência Anadolu.
Omar Awadallah disse que as medidas começaram após o acordo do Cairo para iniciar as discussões sobre o assunto, observando que “há discussões contínuas entre os dois lados sobre o assunt”. Ele não deu mais detalhes.
O Egito tem fronteiras terrestres e marítimas conjuntas com a Palestina e Israel. Em 1979, o Egito chegou a um acordo sobre a demarcação de suas fronteiras com Israel.
Em outubro de 2020, o chefe do Fundo de Investimentos da Palestina, Mahmoud Mustafa, disse que o Egito havia concordado em demarcar suas fronteiras com a Palestina. Isso ocorreu devido às contínuas descobertas de gás no Oriente Médio.
Mustafa disse que uma comissão foi formada para acompanhar essa questão, mas não disse quando esta comissão iria começar a trabalhar.
LEIA: Biden clama por diálogo construtivo sobre direitos humanos no Egito
Em 2015, a AP apresentou um mapa das fronteiras marítimas palestinas ao secretário-geral da ONU. Incluía a plataforma continental e uma Zona Econômica Exclusiva (ZEE) ao largo da Faixa de Gaza.
Al-Araby Al-Jadeed relatou fontes diplomáticas egípcias dizendo ontem que as negociações entre Israel e o movimento de resistência palestino para acabar com o bombardeio da ocupação na Faixa de Gaza incluíam uma proposta para discutir a demarcação de fronteiras. O Egito mediou as negociações.
Isso se enquadra no contexto de dar aos palestinos a oportunidade de se beneficiar dos campos de gás marinho ao largo da costa de Gaza para melhorar seu padrão de vida.
Israel impediu que os palestinos acessassem os campos de gás dentro de suas águas territoriais, enquanto deu continuidade à exploração dos recursos naturais que ocupa.