Bachelet fala em possíveis ‘crimes de guerra’ de Israel

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, considerou nesta quinta-feira (27), que não recebeu evidências de que os edifícios visados ​​estavam sendo usados ​​para fins militares.

Na abertura de uma reunião de emergência do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, ela disse que, “se ficar evidente que esses ataques visam de forma indiscriminada e desproporcional civis e alvos civis, eles podem constituir crimes de guerra”.

“Esta escalada está diretamente ligada aos protestos e à resposta linha-dura das forças de segurança israelenses, primeiro em Jerusalém Oriental, depois em todos os territórios palestinos ocupados e em Israel”, disse Bachelet.

Ela disse que os ataques com foguetes do Hamas “são indiscriminados e não distinguem entre alvos militares e civis e, portanto, recorrer a eles constitui uma clara violação do Direito Internacional Humanitário”.

Quanto aos ataques aéreos israelenses em Gaza, disse que deixou “muitos civis mortos e feridos, e causou destruição generalizada e danos à propriedade civil”.

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Ela acrescentou que isso inclui “sedes governamentais, casas, edifícios residenciais, organizações humanitárias internacionais, instalações médicas, escritórios de mídia e estradas que permitem que os civis tenham acesso a serviços básicos, como hospitais”.

A alto comissaria disse que “apesar das afirmações israelenses de que muitos desses edifícios abrigavam grupos armados ou eram usados ​​para fins militares, não vimos nenhuma evidência a esse respeito”.

O posicionamento de meios militares em áreas densamente povoadas de civis ou o lançamento de ataques a partir delas, Bachelet afirmou, constitui uma violação do Direito Internacional Humanitário.

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