Autoridades da ocupação israelense rejeitaram nesta quarta-feira (26) o plano dos Estados Unidos de reabrir seu consulado palestino em Jerusalém Oriental, reportou a imprensa local.
Gilad Erdan, embaixador israelense em Washington, reiterou que o governo do premiê Benjamin Netanyahu se opõe veementemente à decisão de restaurar o escritório de contato diplomático com a Palestina no que descreveu como “território soberano” de Israel.
Jerusalém Oriental foi capturada em 1967, durante a chamada Guerra dos Seis Dias. Em 1980, Israel anexou toda a cidade, medida jamais reconhecida pela comunidade internacional.
Segundo o jornal The Jerusalem Post, a questão foi abordada durante reunião de Netanyahu com o Secretário de Estado dos Estados Unidos Antony Blinken, na terça-feira (25). Na ocasião, Blinken anunciou a reabertura do consulado palestino.
O anúncio sucedeu um encontro com o Presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia, como parte de uma visita oficial do principal diplomata americano aos territórios palestinos ocupados.
Erdan, no entanto, insistiu que a questão não causará uma crise entre Washington e Tel Aviv.
Em 2018, o governo do então Presidente dos Estados Unidos Donald Trump fechou o consulado em Jerusalém Oriental, ao reconhecer a cidade de Jerusalém como capital “eterna e indivisível” de Israel, junto de uma série de esforços favoráveis à ocupação sionista.
A anexação colonial israelense de Jerusalém — não apenas Jerusalém Oriental — permanece ilegal, conforme a lei internacional.
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