O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas votou, quinta-feira (27) a favor da abertura de investigação internacional sobre os crimes cometidos durante a agressão israelense à Faixa de Gaza, que durou 11 dias, e resultou na morte de centenas de civis, a maioria eles, crianças e mulheres, depois que suas casas foram bombardeadas, e a decisão, que foi rejeitada por Tel Aviv e contestada por Washington.
O Conselho, composto por 47 Estados membros, aprovou o projeto de resolução apresentado pela Organização de Cooperação Islâmica e pela Delegação Palestina às Nações Unidas, com 24 votos a favor, nove contra e 14 abstenções.
LEIA: Assembleia Mundial da Saúde aprova projeto de lei sobre a Palestina
Nozha Shamim Khan, embaixadora de Fiji no conselho, que atualmente está presidindo o conselho, disse após uma sessão especial que continuou ao longo do dia: “A decisão foi adotada.”
O Hamas saudou a decisão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Em sua primeira resposta à decisão, o Ministério de Relações Exteriores de Israel disse que “rejeita a decisão do Conselho de Direitos Humanos e não cooperará com a investigação”.
Também afirmou que “a resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU é uma falha moral, e a investigação visa encobrir os crimes do Hamas”.
Por sua vez, os Estados Unidos expressoaram “profundo pesar” pela decisão do Conselho de Direitos Humanos.
“A ação de hoje ameaça, em vez disso, atrapalhar o progresso atual que foi feito”, disse um comunicado da missão dos EUA nas Nações Unidas em Genebra.
É relatado que os Estados Unidos têm status de observador no conselho sem direito a voto, e sua missão não falou durante a sessão especial que durou o dia todo, e aprovou a resolução apresentada pela Organização de Cooperação Islâmica e pela Palestina delegação às Nações Unidas.
LEIA: Uma conversa com Stephanie Williams, a diplomata norte-americana que ajuda a Líbia a se unir