A Corte de Magistratura de Israel na cidade de Nazaré — norte do território ocupado durante a Nakba, ou “catástrofe”, em 1948 — indiciou Kamal Al-Khatib, vice-presidente do Movimento Islâmico e membro do Comitê de Acompanhamento de Assuntos Árabes.
Sua detenção foi estendida até domingo (30).
A promotoria registrou acusações de “incitação ao terrorismo, violência e identificação com um grupo terrorista”, em referência ao Movimento Islâmico, criminalizado por Israel desde 2015.
Omar Khamaisi, advogado de Al-Khatib, reportou que o estudioso islâmico pode ser condenado a até 22 anos em regime fechado.
Em 14 de maio, forças israelenses prenderam o sheikh Al-Khatib em sua aldeia natal de Kafr Kanna, em meio a protestos de cidadãos palestinos de Israel contra os planos da ocupação de expulsar famílias do bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, além de invasões à Mesquita de Al-Aqsa e o subsequente bombardeio a Gaza.
Dezenas de ativistas e líderes políticos palestinos protestaram em frente ao tribunal de Nazaré contra a prisão de Al-Khatib.
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