Repressão israelense a marchas palestinas deixa dezenas de feridos na Cisjordânia

Funeral de um palestino morto a tiros por soldado israelense na Cisjordânia, 25 de maio de 2021 [ Issam Rimawi/ Agência Anadolu]

Na sexta-feira, dezenas de palestinos ficaram feridos durante a repressão israelense a uma marcha palestina na Cisjordânia.

A Agência Anadolu citou a informação de testemunhas oculares de que soldados  israelenses usaram balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a marcha na cidade de Beita, ao sul de Nablus, na Cisjordânia, que protestava contra o estabelecimento de um posto avançado lá.

As testemunhas disseram que “os confrontos resultaram na lesão de dezenas de palestinos com asfixia, em decorrência do uso pesado de bombas de gás lacrimogêneo”.

Conflitos semelhantes também ocorreram em várias cidades no norte e no leste da Cisjordânia, deixando outras dezenas de feridos por asfixia, de acordo com testemunhas oculares.

Por sua vez, O coordenador dos Comitês de Resistência Popular em Kafr Qaddum, Murad Ishtewi,disse à Agência Anadolu que as forças do exército de ocupação dispararam uma saraivada de balas de borracha e gás lacrimogêneo para dispersar uma outra marcha que pedia a reabertura de uma rua que foi fechada há 17 anos na cidade.

Todas as sextas-feiras, os palestinos organizam manifestações contra os assentamentos e o muro de separação em vários vilarejos e cidades da Cisjordânia.

Estimativas israelenses e palestinas indicam que há cerca de 650 mil colonos em assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém ocupada, vivendo em 164 assentamentos e 116 postos avançados.

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