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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Hamas se torna mais forte que Israel, afirma jornal israelense

Yahya Sinwar, líder do Hamas em Gaza, durante homenagem aos palestinos mortos pelos recentes bombardeios israelenses, em Khan Yunis, Faixa de Gaza, 27 de maio de 2021 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]
Yahya Sinwar, líder do Hamas em Gaza, durante homenagem aos palestinos mortos pelos recentes bombardeios israelenses, em Khan Yunis, Faixa de Gaza, 27 de maio de 2021 [Ashraf Amra/Agência Anadolu]

Ao invés de derrotado após trinta anos de operações militares da ocupação, o movimento de resistência palestina Hamas torna-se agora mais forte que Israel, escreveu neste domingo (30) o jornalista israelense Jackie Khoji ao jornal em hebraico Maariv.

Segundo a agência de notícias Sama, em seu artigo, Khoji questionou como o Hamas obteve êxito em superar Israel.

Apesar dos violentos ataques que mataram centenas de pessoas e destruíram edifícios e túneis, combatentes do Hamas e outros grupos de resistência continuam a desafiar Israel como se não houvesse ofensiva, observou o colunista israelense.

O Hamas, segundo Khoji, não deu início às hostilidades, mas disparou foguetes a Jerusalém; após o fim dos ataques, não tardou em emitir alertas: “Nossa mão se mantém no gatilho, pronta para reagir às violações de Israel em Jerusalém”.

“Isso não reflete em nada a postura de uma liderança derrotada”, reiterou Khoji. “A experiência nos mostrou que o poder de Israel em Gaza desvaneceu e o discurso de Yahya Sinwar [líder do Hamas no território costeiro] após a ofensiva prova isso”.

“O Hamas insiste em plantar ansiedade em Israel e atacar o cerne da sociedade israelense — talvez porque o Hamas pensa que não haverá outra ofensiva em breve”, prosseguiu

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O repórter sionista sugeriu que a capacidade do Hamas de ler a mentalidade israelense melhorou, de modo que agora é capaz de decidir efetivamente como e quando impor pressão, sob táticas diversas — balões incendiários, foguetes ou mediadores.

Segundo Khoji, cada medida é projetada para cumprir certas demandas da ocasião.

O colunista também alertou que a resistência palestina está ciente do que ocorre em Israel há anos, dado que decisões militares frequentemente decorrem de demandas políticas — por exemplo, eleições, pressão de grupos coloniais ou retaliação.

De acordo com o artigo do Maariv, muitos líderes do Hamas já foram detidos em cadeias israelenses, aprenderam hebraico e tiveram contato com cidadãos do estado sionista. Este know-how favorece as decisões estratégicas da resistência palestina.

Khoji constatou ainda que ninguém esperava uma vitória do Hamas após a última ofensiva israelense, mas que o público árabe e internacional testemunhou uma resposta efetiva sobre como interromper as violações contra o povo palestino.

“Após cada ofensiva, o Hamas sai com a cabeça erguida. É hora de nos perguntarmos: qual foi nosso erro?”, enfatizou o também comentarista da rádio militar israelense.

“Se o exército se vangloria de destruir a infraestrutura dessa gente há trinta anos, por que ficam mais fortes? Por que seus líderes ganham coragem, perdem o medo de Israel? Decodificaram nosso gene e nos superam, geração após geração?”, concluiu a coluna em hebraico.

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