![Uma aeronave turboélice ATR 72-500 da Israir Airlines pousa no Aeroporto Internacional de Larnaca, em Chipre, em 9 de junho de 2020 [Iakovos Hatzistavrou/AFP via Getty Images]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2021/06/GettyImages-1218668396.jpg?resize=1199%2C800&quality=75&strip=all&ssl=1)
A Arábia Saudita recusou permissão para uma companhia aérea israelense voar através de seu espaço aéreo, forçando a companhia aérea a cancelar um voo para os Emirados Árabes. O voo operado pela Israir, a segunda maior companhia aérea israelense, foi detido por dez horas no aeroporto Ben Gurion antes de ser cancelado.
O motivo da recusa não é claro. De acordo com o Ministério de Relações Exteriores de Israel, o voo foi cancelado por causa de uma “falha técnica”.
A questão deve suscitar especulações sobre as relações entre os dois países. Passaram-se apenas cinco meses desde que o Reino abriu seu espaço aéreo para aeronaves israelenses após a normalização dos laços entre o estado de ocupação e os Emirados Árabes no ano passado, seguido por Bahrein, Sudão e Marrocos.
Os palestinos foram apoiados por grupos da sociedade civil em todo o mundo em sua condenação aos acordos de normalização patrocinados pelos Estados Unidos. Por décadas, os estados árabes condicionaram a normalização com o estado colonial colonizador ao fim da ocupação brutal da Palestina por Israel e à criação de um estado palestino. Essa foi a essência da Iniciativa de Paz Árabe assinada em Beirute em 2002.
Não apenas os estados árabes em normalização quebraram sua própria promessa, mas o acordo também foi visto como uma recompensa ao primeiro-ministro israelense de extrema direita, Benjamin Netanyahu, e seus apoiadores, que estão comprometidos em tomar mais terras para criar o “Grande Israel”. Eles estão determinados a eliminar qualquer possibilidade de um Estado da Palestina viável. Durante décadas, o líder do Likud prometeu fazer com que os estados árabes normalizassem os laços sem ceder um centímetro de território ocupado por Israel.
Com o espaço aéreo saudita fechado para eles, os voos entre Israel e os Emirados Árabes serão insustentáveis. Em vez de um voo de três horas, seria de até oito horas.
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