O Ministério Palestino de Relações Exteriores e Expatriados pediu ontem ao Conselho de Segurança da ONU (UNSC, na sigla em inglês) e ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que assumam sua responsabilidade com relação aos assentamentos israelenses.
Em um comunicado postado no Twitter, o ministério condenou veementemente os planos israelenses de construir ilegalmente 350 novas unidades de colonos no assentamento Beit El, perto da cidade ocupada de Ramallah, na Cisjordânia.
O ministério disse que o anúncio israelense do plano feito na presença de colonos e ministros aponta para a “parceria plena entre colonos e governo” em relação ao aprofundamento e à expansão dos assentamentos.
Enquanto isso, o ministério palestino culpou o governo israelense pelos “crimes de assentamento, demolição de casas e expulsão forçada”, que considerou um “crime de guerra e um crime contra a humanidade que merece punição pelo direito internacional”.
O ministério acrescentou: “Todas as formas de assentamento são ilegais de acordo com as leis e convenções internacionais, bem como com a comunidade internacional […] É uma das questões que o Estado da Palestina passou para o TPI”.
Ao mesmo tempo, o ministério disse que continua sua ação política, diplomática e legal para alargar a frente internacional contra acordos que obrigaram o Estado de ocupação a interromper suas atividades.
Existem atualmente mais de 800.000 colonos judeus israelenses vivendo na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental, entre cerca de 3,1 milhões de palestinos, que são perseguidos pelas forças de ocupação e colonos.
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