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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Suíça rejeita apelos sionistas para designar o Hamas como grupo ‘terrorista’

Ativistas sionistas protestam contra sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre os bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza, em Genebra, Suíça, 29 de junho de 2015 [Fabrice Coffrini/AFP via Getty Images]
Ativistas sionistas protestam contra sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre os bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza, em Genebra, Suíça, 29 de junho de 2015 [Fabrice Coffrini/AFP via Getty Images]

Grupos sionistas da Suíça não obtiveram êxito em designar o movimento palestino Hamas como organização “terrorista”, reportou ontem (2) a rede Arabi21. A última ofensiva militar israelense contra a Faixa de Gaza reacendeu o debate no país europeu.

Em 20 de maio, ainda antes do cessar-fogo em Gaza, a Federação Suíça das Comunidades Judaicas (SIG) e a Plataforma de Judeus Liberais na Suíça (PLJS) divulgaram um comunicado, no qual insistiam que o Hamas é “claramente extremista, terroristas e antissemita”.

Segundo a rede Swissinfo, ambos os grupos alegaram ser inaceitável que “membros do Hamas movam-se livremente, angariem fundos e conduzam negócios na Suíça”.

A embaixada israelense em Berna também emitiu apelos similares.

A Suíça é um país neutro, sem alianças formais com outros estados, a fim de manter um frequente papel de mediação em disputas internacionais e sediar negociações.

Segundo a rádio nacional, é por essa razão que a Suíça rejeitou assumir uma posição sobre o Hamas, caso incumbida de mediar o conflito.

“Como parte de sua política de apoio à paz, é importante manter o diálogo com todos os lados, além de continuar a exercer esforços de diálogo entre israelenses e palestinos e entre os próprios palestinos, isto é, Hamas e Fatah”, declarou o comunicado por rádio.

A União Europeia considera o Hamas uma organização terrorista e, portanto, não exerce qualquer papel de mediação. A Suíça não é membro do bloco.

Com o Hamas visto agora como mais forte partido palestino, mesmo fora de seu bastião histórico de Gaza, a rede Swissinfo argumentou que é “questionável afirmar que criminalizar o movimento possa conquistar alguma coisa”.

Em entrevista ao jornal Luzerner Zeitung, Erich Gysling, especialista em Oriente Médio, destacou: “O Hamas é o vencedor do lado palestino, temos de manter o diálogo com eles. Chamá-los de terroristas não traria vantagens a ninguém”.

Os bombardeios israelenses contra Gaza mataram ao menos 255 palestinos, incluindo 66 crianças, 40 mulheres e 17 idosos. Milhares ficaram feridos à medida que casas e infraestrutura civil foram destruídas nos onze dias de massacre.

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