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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Troca de prisioneiros entre Hamas e Israel é iminente, sugerem relatos

Palestinos celebram a libertação de presos em Rafah, travessia de fronteira no sul da Faixa de Gaza, em 18 de dezembro de 2011; na ocasião, Israel concordou em liberar 550 palestinos em troca do soldado capturado Gilad Shalit [Mahmud Hams/AFP via Getty Images]
Palestinos celebram a libertação de presos em Rafah, travessia de fronteira no sul da Faixa de Gaza, em 18 de dezembro de 2011; na ocasião, Israel concordou em liberar 550 palestinos em troca do soldado capturado Gilad Shalit [Mahmud Hams/AFP via Getty Images]

As chances de uma troca de prisioneiros entre Israel e Hamas aumentaram nos últimos dias, relatou um oficial israelense de alto escalão ao jornal Yedioth Ahronoth, ao afirmar que Tel Aviv aguarda que mediadores egípcios tragam a oferta palestina para concluir o acordo.

“O Egito está interessado na questão e compreende que, sem solução ao problema dos prisioneiros e desaparecidos [israelenses], não haverá reconstrução à extensa destruição na Faixa de Gaza”, declarou a fonte em condição de anonimato.

“O lado egípcio, ao conquistar um cessar-fogo, tornou o Cairo um valioso recurso aos olhos do governo dos Estados Unidos do presidente Joe Biden, que então considera o país essencial para manter a estabilidade na região”, prosseguiu o oficial.

“Trata-se de uma enorme vitória para o presidente egípcio Abdel Fattah el-Sisi”, reiterou. “Desta forma, os egípcios estão determinados em alcançar um novo acordo e espera-se que tragam uma oferta à mesa de negociações nos próximos dias”.

A reportagem destacou ainda que o Ministro da Defesa de Israel Benny Gantz “debaterá tais questões com sua contraparte americana durante rápida visita a Washington hoje, na qual espera esclarecer a insistência de Israel em libertar os detidos pelo Hamas”.

LEIA: Hamas rejeita vincular reconstrução de Gaza a troca de prisioneiros

Segundo as informações, uma delegação de segurança israelense deve visitar o Cairo em breve para debater a matéria.

Não está claro quantos prisioneiros o Hamas exigirá em troca dos quatro prisioneiros de guerra israelenses que supostamente mantém. Na segunda-feira (31), Yahya al-Sinwar, líder do movimento palestino em Gaza, expressou disposição para “negociações imediatas”.

Após reunir-se com o general Abbas Kamel, chefe do Serviço de Inteligência do Egito, na Faixa de Gaza sitiada, Sinwar aconselhou repórteres a “anotar o número 1.111”.

“Vocês se lembrarão bem no futuro”, enfatizou.

Sobre a sugestão de Sinwar, o oficial israelense argumentou, em referência a palestinos acusados de assassinato ou terrorismo: “O problema não é quantidade, mas sim qualidade. Não libertaremos presos com sangue nas mãos”.

De acordo com um relatório recente, Israel mantém mais de 4.500 palestinos aprisionados em suas cadeias, incluindo 39 mulheres e 180 menores de idade.

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Palestina: quatro mil anos de história
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