Acordo de cooperação em segurança assinado pela Turquia e Autoridade Palestina entra em vigor

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan (dir.) e o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas (esq.), dão uma entrevista coletiva conjunta em Ancara, Turquia, em 28 de agosto de 2017 [Mehmet Ali Özcan/Agência Anadolu]

O jornal turco Yeni Safak informou que Ancara deu o primeiro passo para reimplementar o modelo líbio com os palestinos em relação a um acordo de cooperação em segurança assinado pela Turquia e a Autoridade Palestina (AP) que recentemente entrou em vigor.

Em reportagem traduzida pelo Arabi21, o jornal destacou que a Turquia, que expressou fortes opiniões sobre a recente agressão israelense na Faixa de Gaza, ratificou há dois dias o acordo de cooperação em segurança assinado com a Autoridade Palestina em 2018.

Yeni Safak indicou que essa decisão é considerada um primeiro passo na implementação de um modelo semelhante ao Tratado de Fronteira Marítima que a Turquia assinou com a Líbia.

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Segundo o acordo que entrou em vigor, as forças policiais palestinas serão treinadas na Gendarmerie e na Academia da Guarda Costeira na Turquia, informou o jornal.

Acrescentou, ainda, que projetos de curto e longo prazo seriam implementados para aumentar a capacidade das forças policiais palestinas, fornecendo treinamento, consultoria e assistência técnica.

O jornal explicou que Ancara enviou mensagens claras à ocupação israelense e deu um passo decisivo durante a reunião do Conselho de Segurança Nacional realizada na última quarta-feira. Como resultado: “O acordo de cooperação em segurança assinado entre a República da Turquia e o governo do Estado da Palestina em 2018 foi publicado no Diário Oficial e entrou em vigor”.

Yeni Safak acrescentou que o acordo dá início a uma nova fase nas relações Turquia-Palestina, por meio da qual foi acordada a cooperação no combate à lavagem de dinheiro, crimes cibernéticos, contrabando de bens culturais e naturais, narcóticos e tráfico humano e combate ao contrabando de migrantes e à imigração ilegal.

O jornal observou que o intercâmbio de inteligência e técnicas operacionais para combater o terrorismo estão entre as disposições mais proeminentes do acordo, observando que a seção do acordo sobre questões de segurança marítima e costeira também é significativa.

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