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Ministro do Líbano alerta contra sérias repercussões da suspensão do trabalho do Tribunal Especial

O primeiro-ministro interino do Líbano, Hassan Diab, na capital Beirute, Líbano, em 10 de agosto de 2020 [Presidência Libanesa/Agência Anadolu]
O primeiro-ministro interino do Líbano, Hassan Diab, na capital Beirute, Líbano, em 10 de agosto de 2020 [Presidência Libanesa/Agência Anadolu]

O primeiro-ministro interino do Líbano, Hassan Diab, alertou na sexta-feira sobre as “consequências muito sérias” que poderiam resultar da suspensão do trabalho do Tribunal Especial para o Líbano (STL, na sigla em inglês).

A informação veio em uma carta enviada por Diab ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, publicada pela agência oficial Libanesa Nacional de Notícias (NNA), um dia depois de a ONU anunciar a suspensão do STL até novo aviso devido a um financiamento da crise. O STL está atualmente encarregado de investigar o assassinato do falecido primeiro-ministro Rafic Hariri.

O primeiro-ministro libanês indicou que a suspensão do trabalho do tribunal: “Teria repercussões muito sérias que afetarão apenas o Líbano e as vítimas do ataque bárbaro”. Ele expressou sua firme convicção de que as dificuldades financeiras: “Não devem impedir a conclusão dos trabalhos do tribunal”.

Diab acrescentou: “O governo do Líbano será grato por sua exploração urgente de meios diferentes e alternativos para financiar o tribunal em cooperação com o Conselho de Segurança e os estados membros da ONU para ajudar na realização desta missão”.

Na quinta-feira, o porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, Stephane Dujarric, anunciou durante uma conferência de imprensa em Nova Iorque que a suspensão do trabalho do STL foi devido à “grave crise financeira enfrentada pelo tribunal”.

O STL é um tribunal aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU para realizar a investigação e acusação dos responsáveis pelo assassinato de Hariri e 21 vítimas em 14 de fevereiro de 2005.

Em 18 de agosto, o STL condenou à revelia Salim Ayyash, um membro do grupo libanês Hezbollah, de participar do assassinato de Hariri.

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