A França abriu uma investigação preliminar sobre a riqueza do governador do Banco Central do Líbano, Riad Salameh, informou a AFP ontem.
A investigação foi aberta no final de maio por promotores financeiros em Paris para investigar “associação criminosa e lavagem de dinheiro por Salameh”, acrescentou a AFP, citando fontes próximas à investigação e uma fonte judicial francesa. Duas outras ações judiciais foram movidas em abril pelo promotor anticorrupção de Paris contra a “grande fortuna de Salameh na Europa”.
Os resultados da investigação podem lançar luz sobre as origens da riqueza do homem de 70 anos.
Outra queixa criminal já foi apresentada contra Salameh e pessoas próximas a ele, incluindo seu irmão Raja, seu filho Nadi, um sobrinho, e sua assistente no banco central, Marianne Howayek, por “construir fraudulentamente uma vasta fortuna na Europa”.
Salameh enfatizou que sua riqueza provém de “heranças, sua carreira bancária e investimentos legítimos desde que assumiu o cargo em 1993”.
Desde 2019, o Líbano foi atingido por sua pior crise econômica, um colapso do valor da moeda nacional e a imposição de restrições bancárias que proíbem as transferências bancárias para fora do país. O Banco Mundial afirma que a crise é uma das piores desde o século XIX.
LEIA: Governador do Banco Central do Líbano é acusado de corrupção na França