O Ministério das Relações Exteriores palestino acusou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no domingo de tentar inflamar a situação na Jerusalém Oriental ocupada a fim de impedir a formação de um novo governo de coalizão e salvar sua carreira política. “Ele está”, disse o ministério, “aumentando a agressão contra os locais sagrados da cidade e seus cidadãos”.
O ministério disse que o primeiro-ministro está tentando repetir o que aconteceu antes da recente ofensiva militar contra a Faixa de Gaza, enquanto dá luz verde a grupos de extrema direita israelenses para marcharem por Jerusalém, um movimento que deve agravar a situação tensa. Ao fazer isso, ele espera minar o próximo governo israelense, provocando fortes reações dos palestinos e de toda a região.
“Ele está minando os esforços internacionais e regionais para consolidar o cessar-fogo e interromper a agressão contínua contra os palestinos”, insistiu o ministério.
Uma coalizão montada pelo líder da oposição Yair Lapid pode pôr fim aos 12 anos de Netanyahu como primeiro-ministro. A Autoridade Palestina disse que o povo palestino se tornou o bode expiatório para as lutas entre os políticos e partidos políticos israelenses. Ele apelou à comunidade internacional para conter as tentativas e planos de Netanyahu a fim de evitar uma guerra religiosa na região que não seria contida facilmente.
LEIA: Segurança doméstica de Israel alerta para violência com a queda de Netanyahu