O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, anunciou que seu país havia enviado recentemente uma missão consular ao nordeste da Síria para preparar o retorno das crianças belgas ainda detidas ali com suas mães jihadistas.
Em suas declarações na quinta-feira, De Croo enfatizou a necessidade de agir rapidamente devido à deterioração das condições de vida e segurança nos dois campos.
“Corremos o risco de as coisas ficarem completamente fora de controle e impossibilitar qualquer acompanhamento”, anunciou De Croo.
Ele acrescentou: “Os pedidos de devolução serão estudados caso a caso com base em três critérios: o interesse da criança, o perigo que ela pode representar para a ordem e a segurança e os efeitos do processo de devolução”.
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De Croo explicou que os jihadistas que haviam sido anteriormente condenados à revelia pelo judiciário belga seriam presos após seu retorno.
O jornal Le Soir informou que a missão da delegação no final de maio de 2021 incluiu a coleta de amostras de sangue para estabelecer a filiação das crianças.
O jornal destacou que a missão da delegação se limitou ao campo Roj, onde é possível devolver entre seis e oito mulheres belgas e entre dez e 12 crianças devido à falta de proteção de segurança no campo Al-Hol.
O jornal indicou que o gabinete do primeiro-ministro se recusou a comentar essa informação por “razões de segurança”.
Em março de 2021, De Croo prometeu repatriar crianças belgas menores de 12 anos em campos na área controlada pelos curdos, enfatizando que os casos de suas mães serão examinados separadamente.
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