A Arábia Saudita restringiu a peregrinação anual islâmica (Hajj) à cidade sagrada de Meca a seus próprios cidadãos e residentes, pelo segundo ano consecutivo, devido à pandemia de covid-19, confirmou a imprensa estatal saudita neste sábado (12).
As informações são da agência Reuters.
Além disso, apenas pessoas entre 18 e 65 anos que foram vacinadas contra o coronavírus, sem doenças crônicas, poderão participar da peregrinação, reiterou o ministério responsável em comunicado. A capacidade máxima será restrita a 60 mil pessoas.
“A decisão foi tomada para garantir a segurança do Hajj em meio às incertezas sobre o covid-19”, declarou o Ministro da Saúde Tawfiq al-Rabiah, em coletiva de imprensa.
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“Apesar da disponibilidade de vacinas, ainda há vacilações em torno da doença e alguns países continuam a registrar recordes de casos, além do desafio imposto pelas variantes do vírus, de modo que decidimos restringir o Hajj”, afirmou al-Rabiah.
Apenas peregrinos plenamente imunizados com vacinas aprovadas pela agência nacional — isto é, Pfizer, AstraZeneca, Moderna e Johnson & Johnson — poderão comparecer.
Em maio, fontes relataram à Reuters que um plano para barrar peregrinos estrangeiros era considerado pelas autoridades sauditas.
Antes da pandemia, cerca de 2.5 milhões de peregrinos muçulmanos costumavam visitar os lugares sagrados de Meca e Medina durante a semana do Hajj. Os eventos costumavam angariar ao reino cerca de US$12 bilhões por ano, segundo dados oficiais.