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Negociações ‘intensas’ são retomadas sobre acordo iraniano; Alemanha pede progresso

Abbas Araghchi, vice-chanceler do Irã, cumprimenta Enrique Mora, vice-secretário-geral do Serviço de Ação Externa da União Europeia (SEAE), às vésperas de negociações sobre o acordo nuclear iraniano, em Viena, Áustria, 25 de maio de 2021 [Thomas Kronsteiner/Getty Images]
Abbas Araghchi, vice-chanceler do Irã, cumprimenta Enrique Mora, vice-secretário-geral do Serviço de Ação Externa da União Europeia (SEAE), às vésperas de negociações sobre o acordo nuclear iraniano, em Viena, Áustria, 25 de maio de 2021 [Thomas Kronsteiner/Getty Images]

Conversas indiretas entre Teerã e Washington para ressuscitar o acordo nuclear assinado em 2015 foram retomadas em Viena neste sábado (12), à medida que a União Europeia descreveu as negociações como “intensas” e Berlim exortou por um progresso rápido.

As informações são da agência Reuters.

A sexta rodada de diálogo começou como de costume, com um encontro entre as partes remanescentes do tratado — Irã, Rússia, China, Reino Unido, Alemanha e União Europeia —, no subsolo de um luxuoso hotel na capital austríaca.

A delegação dos Estados Unidos enviada para negociar o acordo — conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA) — permanece instalada do outro lado da rua, dado que a chancelaria iraniana recusa-se a conduzir encontros face a face.

Enrique Mora, oficial de política externa da União Europeia e coordenador-chefe das negociações em curso, afirmou ter expectativas de que um acordo seja enfim alcançado na atual rodada de conversas. Outros diplomatas, porém, são mais cautelosos.

“Fazemos progresso, mas as negociações são intensas e questões permanecem em aberto, incluindo como implementar os passos”, declarou em nota um porta-voz europeu. “O objetivo é encontrar formas de chegar bastante perto de um acordo final nos próximos dias”.

Abbas Araghchi, vice-chanceler e chefe da equipe iraniana, sugeriu que é bastante improvável que as negociações sejam efetivamente concluídas antes das eleições presidenciais em seu país, na próxima sexta-feira (18).

LEIA: Irã está pronto para aumentar a produção de petróleo se os EUA suspenderem as sanções, diz oficial

“Não penso que seremos capazes de chegar a uma conclusão em Viena nesta semana”, declarou Araghchi, segundo a imprensa estatal de seu país.

O acordo impõe limites rigorosos às atividades nucleares de Teerã, a fim de estender o tempo necessário para obtenção de materiais necessários ao desenvolvimento de armas atômicas, de apenas dois ou três meses para ao menos um ano.

O Irã nega qualquer propósito armamentista em sua pesquisa nuclear.

Em 2018, o então Presidente dos Estados Unidos Donald Trump abandonou unilateralmente o acordo e restituiu duras sanções contra a república islâmica. Teerã respondeu ao romper limites impostos pelo tratado sobre o enriquecimento de urânio.

“Ganhar tempo não é do interesse de ninguém”, afirmou o Ministro de Relações Exteriores da Alemanha Heiko Haas, que não faz parte da delegação, mas acompanha o processo. Segundo a Reuters, Berlim exortou todos os lados a demonstrar flexibilidade e pragmatismo.

Wang Qun, embaixador da China na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de monitoramento das Nações Unidas, observou que o principal ponto em aberto são as sanções impostas pelos Estados Unidos.

“Nossa mensagem é que devem deixar de lado tamanha hesitação e mover-se decisivamente para suspender sanções”, declarou o chefe da delegação chinesa.

Sobre as medidas que Teerã deve assumir para retornar ao cumprimento do acordo, reiterou Wang: “Em grande medida, os problemas majoritários foram solucionados como questão de princípio, embora haja ainda o que acertar”.

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