O Hamas e outros grupos palestinos convocaram um “dia de fúria” para esta terça-feira (15), após Israel aprovar a chamada Marcha da Bandeira, manifestação de colonos ilegais, em Jerusalém ocupada, reportou ontem (13) a imprensa local.
“Ao nosso povo da cidade santa, que inspirou todas as nações da Terra e nos ensinou a resistir à ocupação, pedimos que impeça os planos israelenses para judaizar e alterar a identidade de Jerusalém”, declarou Mohammad Hamad, porta-voz do Hamas para a cidade.
O Hamas conclamou os palestinos a irem a Jerusalém para contrapor a mobilização colonial.
Durante a Marcha da Bandeira, ato convocado pela extrema-direita israelense, colonos ilegais invadem áreas islâmicas para celebrar a captura de Jerusalém Oriental por forças da ocupação sionista, após o processo renovado de limpeza étnica e expropriação militar de 1967.
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Gritos de “Morte aos árabes” e canções racistas são entoados pela passeata de ultranacionalistas judeus que marcham por áreas palestinas.
“Convocamos a todos a resistir à ocupação e se reunir no pátio de Al-Aqsa e nas ruas da Cidade Velha para frustrar os planos dos colonos”, prosseguiu Hamada. “Temos esperança de que transformem esta terça-feira em um dia de fúria contra a ocupação israelense”.
O Comitê de Acompanhamento para Facções Islâmicas e Nacionais na Palestina fez apelos similares. “Exortamos os palestinos em todos os seus territórios a avançarem a Jerusalém e à Mesquita de Al-Aqsa, a fim de protegê-las da agressão colonial”.