Milhares de manifestantes tomaram as ruas de Londres no último sábado (12) para reivindicar compromisso dos líderes do Grupo dos Sete (G7) aos direitos legítimos do povo palestino.
A mobilização fez parte do Dia de Ação de Resistência por Justiça Internacional, organizado por uma coalizão de direitos humanos para pressionar a reunião de cúpula dos sete países mais industrializados do mundo, realizada no sudoeste da Inglaterra.
O protesto exortou o G7 a “encerrar toda cooperação militar e instituir sanções a Israel até que este respeite a lei internacional”, reiterou a Campanha de Solidariedade Palestina.
Segundo os organizadores, ao menos oito mil pessoas participaram do ato.
Além disso, 185 mil cidadãos britânicos contactaram diretamente seus parlamentares para “pressionar o governo do Reino Unido a responsabilizar Israel por suas reiteradas violações à lei internacional, via imposição de sanções”.
Jeremy Corbyn, ex-líder do Partido Trabalhista, discursou no protesto e exortou o G7 a apoiar efetivamente os refugiados e reconhecer os direitos do povo palestino.
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At today’s Justice For Palestine demonstration in London, I also called for a halt to arms sales. UK-made weapons are killing civilians – including children – in conflicts abroad. This must stop. pic.twitter.com/Sf2tEGjtkX
— Jeremy Corbyn (@jeremycorbyn) June 12, 2021
“No ato de hoje por justiça à Palestina, em Londres, também exigimos o fim da venda de armas”, escreveu Corbyn no Twitter. “Armas britânicas matam civis — incluindo crianças — no exterior. Basta!”.
O protesto ocorreu dois dias antes de um debate previsto no parlamento britânico para introduzir sanções à ocupação israelense, após o envio de mais de 380 mil assinaturas para tanto, isto é, cem mil a mais do que o necessário para ser deliberado.
A petição afirma: “O governo deve introduzir sanções a Israel, incluindo bloqueio a todo tipo de comércio, sobretudo armas … Seu tratamento desproporcional entre palestinos e colonos é considerado ilegal pela comunidade internacional e afronta à sociedade civilizada”.
A pressão ao governo britânico sucedeu uma onda brutal de agressão colonial contra palestinos no complexo de Al-Aqsa, em Jerusalém, nos últimos dias do mês sagrado do Ramadã, além dos bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza sitiada.
Quase 300 palestinos foram mortos pelos ataques de Israel nos territórios ocupados.
Por onze dias, Israel manteve uma ofensiva contra Gaza, que deixou 254 palestinos mortos, incluindo 66 crianças, e mais de 1.900 feridos, segundo autoridades de saúde locais.