Dezenas de pescadores palestinos protestaram ontem contra o contínuo cerco israelense a Gaza, bem como contra a agressão da ocupação à indústria pesqueira, informou a Agência Anadolu.
O Sindicato de Pescadores organizou o protesto, que ocorreu no porto a oeste da Cidade de Gaza.
Cartazes traziam os dizeres: “Tenho o direito de circular livremente … Sim ao levantamento total do cerco.” Manifestantes também içaram a bandeira da Palestina.
O presidente do sindicato, Nizar Ayyash, enfatizou a “rejeição ao cerco marítimo israelense imposto a Gaza, bem como às repetidas violações israelenses contra pescadores”.
No início da última ofensiva israelense em Gaza em 11 de maio, Israel fechou o mar completamente e, ao final, autorizou a pesca em apenas por seis milhas náuticas.
O limite permitido, segundo Ayyash, não é suficiente para os pescadores conseguirem a quantidade de peixes para ganhar algum dinheiro ou atender os consumidores.
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“As violações israelenses contra os pescadores palestinos são contínuas”, disse Ayyash, destacando que os abusos incluem abrir fogo, prender pescadores e confiscar ou afundar barcos de pesca.
De acordo com os Acordos de Oslo firmados entre Israel e a OLP, os pescadores palestinos podem navegar até 20 milhas náuticas. Cerca de 4.500 pescadores trabalham nesta profissão.
Desde 2006, quando Israel impôs seu cerco marítimo, aéreo e terrestre, os palestinos não têm conseguido acessar uma área além de 12 milhas náuticas da costa.