A autoridade de aviação israelense redirecionou voos com origem e destino ao Aeroporto Ben Gurion para evitar Gaza, sob receio de mísseis disparados em resposta à Marcha da Bandeira, mobilização de colonos ilegais em Jerusalém ocupada, nesta terça-feira (15).
As informações são do jornal Times of Israel.
Após muita especulação, o recém empossado governo israelense liderado por Naftali Bennett aprovou a marcha de extrema-direita, mas a polícia insistiu em um trajeto distinto do planejado para evitar confrontos entre colonos extremistas judeus e nativos palestinos.
O movimento Hamas descreveu a mudança no itinerário da procissão ultranacionalista como sinal de vitória contra a ocupação israelense e exortou os palestinos em Jerusalém e Cisjordânia a tomar as ruas para confrontar a “provocação” sionista.
LEIA: Marcha da bandeira dos colonos israelenses chega ao Portão de Damasco em meio à confrontos
Cerca de cinco mil colonos participaram da marcha, com saída de Jerusalém Ocidental em direção ao portão de Jaffa, na Cidade Velha, acesso notório à Mesquita de Al-Aqsa.
Mais de dois mil policiais, além de forças de segurança, escoltaram a mobilização israelense e atacaram manifestantes palestinos com gás lacrimogêneo e balas de borracha para abrir caminho aos colonos ilegais por Jerusalém ocupada.
Gritos de “Morte aos árabes” e “Jerusalém é nossa”, entre palavras de ordem flagrantemente racistas, foram entoados pela multidão de extremistas judeus.
O Crescente Vermelho da Palestina reportou dezessete palestinos feridos pela polícia da ocupação, sobretudo durante a invasão da marcha à Cidade Velha de Jerusalém.