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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Chefe do Hamas encontra primeiro-ministro de Marrocos

O ministro marroquino das Relações Exteriores, Saad-Eddine El Othmani, discursa em uma entrevista coletiva com seu homólogo alemão no ministério das Relações Exteriores em Berlim, em 23 de novembro de 2012. [ODD ANDERSEN/AFP via Getty Images]

O chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, reuniu-se ontem com o primeiro-ministro marroquino, Saad-Eddine El Othmani, e funcionários do Partido da Justiça e Desenvolvimento (PJD), informou o movimento em um comunicado.

Haniyeh agradeceu a El Othmani pelo convite, enfatizando que ele reflete a profundidade das relações entre o Marrocos e a Palestina, assim como o povo de ambos os países.

“Espero que esta visita leve a obter os resultados desejados e esperados do país irmão, o Marrocos”, disse o chefe do Hamas.

Haniyeh disse que a resistência palestina obteve uma grande vitória contra a ocupação israelense durante a última ofensiva israelense na Faixa de Gaza sitiada, e agradeceu aos marroquinos que saíram às ruas em solidariedade e apoio aos palestinos durante a ofensiva israelense.

El Othmani disse: “Marrocos vê a questão palestina no mesmo grau de prioridade que a do Saara Ocidental. Tem importância para todos os marroquinos, incluindo o rei, o governo e o povo”.

Haniyeh veio a Rabat a convite da PJD e irá se encontrar com outros partidos políticos durante a visita.

Os ataques israelenses em Gaza e na Cisjordânia mataram pelo menos 289 pessoas, incluindo mulheres e crianças, e deixaram para trás um rastro de destruição. Centros de saúde, escritórios de mídia, assim como escolas, estavam entre as estruturas atacadas.

LEIA: Hamas aumenta base de apoio na Palestina após ataques de Israel, mostra pesquisa

Marrocos normalizou os laços com Israel no final do ano passado em troca do reconhecimento por parte dos Estados Unidos de sua soberania sobre o Saara Ocidental, onde tem estado em conflito com o grupo Polisario, apoiado pela Argélia, desde 1975, após o fim da ocupação espanhola. O confronto armado durou até 1991 e terminou com a assinatura de um acordo de cessar-fogo.

Rabat insiste no seu direito de governar a região, propondo um governo autônomo no Saara Ocidental sob sua soberania, mas a Frente Polisario exige um referendo para que o povo determine o futuro da região. A Argélia apoia a proposta da Frente e acolhe refugiados da região.

O cessar-fogo de 1991 chegou ao fim no ano passado depois que Marrocos retomou as operações militares na travessia de El Guergarat, uma zona tampão entre o território reivindicado pelo Estado de Marrocos e a autodeclarada República Árabe Saaraui Democrática, o que a Polisario disse ser uma provocação.

Ao lançar a operação, Marrocos “minou seriamente não apenas o cessar-fogo e os acordos militares relacionados, mas também quaisquer chances de alcançar uma solução pacífica e duradoura para a questão da descolonização do Saara Ocidental”, disse Brahim Ghali, líder da Frente Polisario, em carta à ONU.

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