A mídia israelense divugou a decisão do Departamento de Investigações da Polícia, nesta quinta-feira (17) uma acusação no Tribunal Distrital de Jerusalém contra o policial que disparou e matou o jovem palestino autista Iyad al-Halak , em 30 de maio de 2020.
Desde a execução que chocou o mundo, a polícia discute se o crime poderia ser atenuado porque o policial não sabia tratar-se de um doente e, antes dele, seu comandante também perseguiu o rapaz e tentou atingi-lo no momento em que a vítima assustada tentava se esconder atrás de um contêiner de lixo.
O crime ocorreu logo após o caso de George Floyd, homem negro morto pela polícia dos Estados Unidos, levantar protestos nos mundo todo, com a chamada “Vidas Negras Importam”. Na Palestina, campanhas denunciando o assassinado de Halak lembraram nas redes sociais que “Vidas palestinas importam”
LEIA: A Palestina sangra – Execução de cidadão autista não é exceção à regra
Assistido por um serviço voltado a pessoas com necessidades especiais, Halak estava em frente à instituição e se apavorou com a abordagem policial. Ainda que uma profissional gritasse aos agentes para que não atirassem, o jovem foi morto.
O policial que matou Halak tem 20 anos de idade e aguardava a decisão da polícia, que poderia processá-lo por homicídio deliberado, culposo ou mesmo encerrar o caso, uma vez que os policiais não sabiam que ele tinha necessidades especiais e foi considerada inclusive a possibilidade de clemência. Seu nome foi mantido sob sigilo, em meio a protestos contra a brutalidade da execução. Agora, o caso está nas mãos do Tribunal de Justiça, enquadrado em um tipo de crime atenuado, mas que pode levar à condenação por até 12 anos de prisão.