Cidadãos palestinos condenam prisão de importante Imã em Israel

Sheikh Yousef Al-Baz [qudsn/Twitter]

O Alto Comitê de Acompanhamento para Cidadãos Árabes de Israel (HFC) condenou a prisão do Imã da Grande Mesquita Omari na cidade de Lod ao amanhecer de quinta-feira. A prisão do Sheikh Yousef Al-Baz, disse o comitê, faz parte de “uma campanha organizada visando figuras políticas e de liderança”.

Aproximadamente 1.800 ativistas foram presos pelas autoridades israelenses durante as últimas semanas, explicou o comitê. “O objetivo é intimidar as massas e dissuadi-las de reivindicar seus legítimos direitos políticos e civis”.

A prisão do Sheikh Al-Baz ocorreu menos de 24 horas depois que o membro do Knesset Itamar Ben-Gvir enviou uma carta ao diretor da Unidade de Investigações para Missões Especiais no serviço policial, Shlomi Abramson. Este último falou durante uma investigação da Knesset esta semana e negou em frente a Ben-Gvir que foram recebidas queixas contra o Imã. A carta de Ben-Gvir foi, aparentemente, usada como desculpa para a prisão do Sheikh Al-Baz.

“Ben-Gvir é um seguidor de Meir Kahane, um conhecido terrorista em sua época, e lidera as sangrentas campanhas de incitamento contra nosso povo”, disse o comitê. “Isto indica até que ponto o dogma ilegal de Kach se infiltrou nos corredores do regime de Israel”.

Um membro sênior do comitê, Muhammad Kanaana, também foi preso por supostamente incitar o público a enfrentar as gangues de colonos israelenses que participaram da extrema-direita “Marcha da Bandeira” por Jerusalém no início desta semana, liderada por Ben-Gvir. Surgiu um vídeo nas mídias sociais expondo o racismo e o ódio vergonhosos dos caminhantes, muitos deles crianças. “Tudo isso ocorreu sob a proteção das forças armadas de ocupação e com a aprovação direta do governo”, apontou o comitê.

O HFC confirmou a crença de que os dias de governo militar em Israel voltaram. “Parece que as agências de inteligência são o verdadeiro governo deste país”, acrescentou.

O presidente do comitê, Muhammad Baraka, concluiu dizendo que “as massas não se deixarão intimidar por estas campanhas. Elas as enfrentarão, e permanecerão firmes no caminho da resistência e da luta contra os opressores”.

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