A Comissão Africana de Direitos Humanos e Civis lançou nesta quinta-feira (17) um inquérito sobre violações de direitos humanos cometidas no Tigré, região mais ao norte da Etiópia, segundo informações da agência Anadolu.
Organizações internacionais alertam que abusos humanitários foram perpetrados na região, incluindo estupros cometidos por soldados, embora o governo etíope insista que cumpriu sua parte ao deter 25 suspeitos de envolvimento nos crimes.
A mais recente rodada de conflitos decorreu de um ataque contra as Forças de Defesa da Etiópia em novembro último, conduzido pela Frente de Libertação Popular do Tigré, movimento designado terrorista pelo parlamento etíope.
Uma operação militar foi lançada pelo governo federal ainda em novembro para conter a insurgência. Combates esporádicos foram registrados; porém, mais de um milhão de pessoas sofreram deslocamento interno e mais de 60 mil refugiados fugiram ao vizinho Sudão.
“A Comissão Africana de Direitos Humanos e Civis, de acordo com seu mandato de promoção e proteção dos direitos humanos na África … informa ao público geral que a Comissão de Inquérito sobre o Tigré inicia oficialmente seus trabalhos em 17 de junho de 2021”, reportou a União Africana em comunicado.
“A Comissão de Inquérito começará seus trabalhos em Banjul, República da Gâmbia”, prosseguiu. “Então conduzirá investigações em campo e nos países vizinhos conforme as condições … com prazo inicial de três meses, potencialmente renovado”.
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