O Ministério da Justiça da Tunísia anunciou ontem que estava abrindo uma investigação sobre a tentativa de assassinato do Presidente Kais Saied.
“O Ministro da Justiça autorizou o Ministério Público, representado pelo Procurador no Tribunal de Apelação em Tunis, a conduzir as investigações necessárias sobre uma tentativa de assassinato do Presidente da República”, informa um comunicado da pasta.
Na terça-feira, Saied disse durante uma reunião com ex-chefes de governo que “o diálogo não deve ser realizado para procurar fazer acordos com aqueles dentro ou fora [do país] … Quem quer que queira se engajar no diálogo não vai ao exterior secretamente procurando retirar o Presidente da República de qualquer forma possível, inclusive assassinato”.
O chefe de Estado tunisiano não nomeou pessoas ou entidades na época, mas a declaração provocou uma confusão generalizada à luz de um estado acentuado de polarização política no país.
No início deste ano, a presidência tunisiana anunciou a existência de um plano para atingir Saied por meio de um envelope envenenado que chegou ao Palácio de Cartago e causou um mal-estar temporário à Diretora do Tribunal Presidencial Nadia Okasha.
Mais tarde, no mesmo mês, o Ministério Público disse em uma declaração que “após a realização de testes técnicos no envelope suspeito usando dispositivos e métodos científicos avançados … acabou não contendo nenhuma substância tóxica, narcótica, perigosa ou explosiva suspeita”.
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