O Partido Liberdade e Justiça do Egito solicitou hoje (18) a Comissão Africana de Direitos Humanos e Civis a intervir urgentemente para impedir a execução de doze homens condenados à morte, após o judiciário indeferir seus recursos na segunda-feira (14).
As penas de morte sucederam um julgamento de massa de 739 pessoas, indiciadas por participar de protestos sit-in pró-democracia na praça de Rabaa, no Cairo, entre julho e agosto de 2013, após o golpe militar que culminou no regime de Abdel Fattah el-Sisi.
A Anistia Internacional descreveu as sentenças como “vergonhosas”.
O Human Rights Watch reiterou que os julgamentos “falharam em analisar a culpa individual de cada réu e ainda assim resultaram em condenações duradouras ou mesmo pena capital”.
Apesar do forte repúdio internacional aos julgamentos de massa, a corte suprema de recursos manteve a iminente execução dos réus, sem qualquer apelo doméstico remanescente.
Dado que o Egito é membro da União Africana, seu órgão de direitos humanos, a Comissão Africana de Direitos Humanos e Civis, possui jurisdição para ordenar a suspensão das penas.
Leia a petição completa em inglês aqui.
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