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Príncipe da Jordânia deve testemunhar sobre tentativa de ‘golpe’

Hamzah bin Hussein, ex-príncipe herdeiro da Jordânia, em Copenhagen, Dinamarca, 17 de dezembro de 2009 [Attila Kisbenedek/AFP via Getty Images]
Hamzah bin Hussein, ex-príncipe herdeiro da Jordânia, em Copenhagen, Dinamarca, 17 de dezembro de 2009 [Attila Kisbenedek/AFP via Getty Images]

Hamzah bin Hussein, ex-príncipe herdeiro jordaniano, provavelmente será convocado como testemunha no caso de “sedição”, segundo o qual o ex-chefe da Corte Real da Jordânia, Bassem Awadallah é acusado de conspirar para sabotar o regime.

O advogado de Awadallah, Muhammad Afif, afirmou à rede CNN em árabe: “Conforme se aproxima a data do julgamento, há tendência de convocar o príncipe Hamzah como testemunha, entre outras, sejam da família real jordaniana ou não”.

Segundo Afif, o julgamento deve durar em torno de quatro meses.

A primeira sessão começa na próxima semana.

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O advogado observou ainda que seu cliente e Sharif Bin Zaid, também réu, insistiram na presença do príncipe Hamzah como testemunha de defesa, dado que seu nome é citado em todo o indiciamento, ao argumentar que não há impeditivos legais.

Previamente, a rede Amman News divulgou supostas confissões de Awadallah de que conduziu encontros esporádicos com o ex-príncipe herdeiro e meio-irmão do Rei Abdullah II, desde o Ramadã de 2020, conforme contato estabelecido por Bin Zaid.

De acordo com Awadallah, tais encontros ocorreram após Bin Zaid informá-lo que “o príncipe Hamzah estava insatisfeito com a situação doméstica do país”

Conforme o relato, prosseguiu seu corréu: “[Hamzah] quis conversar comigo sobre em busca de um conselho e eu, como oficial sênior da Corte Real e agora radicado na Arábia Saudita, consegui manter relações próximas com oficiais por lá”.

Prosseguiu Awadallah: “Consenti com a reunião e Hamzah começou a visitar minha casa periodicamente, acompanhado de Bin Zaid; ficou claro que o príncipe estava insatisfeito com o rei e o responsabilizava pelos erros do estado e dos sucessivos governos”.

Segundo a suposta confissão, Awadallah também sugeriu que, dada sua familiaridade com a posição do príncipe, “começou a compartilhar argumentos e incitá-lo contra o rei, ao descrevê-lo como causa da deterioração interna; Hamzah então disse não confiar no rei”.

A Jordânia vivenciou uma crise sem precedentes no início de abril, quando o Rei Abdullah II enfrentou uma rara divisão na família real, ao passo que seu meio-irmão e ex-príncipe herdeiro foi acusado de conspirar com “partes estrangeiras para depor o monarca”.

Em 3 de abril, autoridades jordanianas lançaram uma campanha de prisões contra diversos ex-oficiais de longa data no país. Hamzah foi encaminhado à prisão domiciliar, sob investigação por tentativa de desestabilizar o regime hachemita.

Sob recomendação do rei, no entanto, a Promotoria Pública liberou catorze detidos.

Awadallah e Bin Zaid permanecem em custódia.

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