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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel bloqueia há dois meses todos os serviços postais de Gaza

Lado israelense da travessia de Erez, na fronteira de Israel e Gaza, em 19 de junho de 2010 [amillionwaystobe/Flickr]
Lado israelense da travessia de Erez, na fronteira de Israel e Gaza, em 19 de junho de 2010 [amillionwaystobe/Flickr]

O Monitor de Direitos Humanos Euro-Mediterrânico apresentou, nesta quarta-feira (16), uma queixa oficial à União Postal Universal (UPU) a respeito da recente restrição imposta pela ocupação israelense, que paralisou abruptamente todos os serviços postais da Faixa de Gaza. A carta, dirigida ao diretor da União,  explica como o governo israelense, desde os recentes bombardeios a Gaza, decidiu impor ainda mais restrições ao que permite entrar e sair do enclave.

Ramy Abdu, presidente da organização, enfatizou na carta que “a suspensão arbitrária e punitiva de Israel da entrega de correio de/para Gaza representa um ato inaceitável e ilegal de punição coletiva contra uma população civil”. E destaca que “além desta recente suspensão arbitrária, Israel mantém há muito tempo restrições desnecessárias e punitivas aos serviços postais em Gaza, onde somente o correio em papel é permitido entrar/sair do enclave”.

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Ele explicou ao diretor-geral da UPU, Bishar Abdirahman Hussein, que “entre as restrições impostas por Israel está uma proibição geral de entrega de correio de e para Gaza através do posto fronteiriço Erez, controlado por Israel – o posto a partir do qual Israel controla praticamente todo o acesso de/para Gaza”.

“Esta suspensão abrupta da entrega de correio tem prejudicado inúmeras pessoas, inclusive aquelas que esperam receber seus passaportes de embaixadas estrangeiras em Israel ou na Cisjordânia ocupada para viajar para fins humanitários, tais como estudos no exterior, uniformes familiares ou receber tratamento médico disponível localmente”.

O documento acrescenta que “isso significa, essencialmente, que os moradores de Gaza agora aguardam indefinidamente a permissão de enviar seus passaportes para — ou receber tais passaportes de — embaixadas estrangeiras e não podem apresentar petições a Israel para obter ‘autorizações de segurança’ para viajar mesmo em circunstâncias humanitárias terríveis”.

“Há dois meses Israel vem bloqueando todos os serviços postais para/de #Gaza. Passaportes, pedidos de visto e todo tipo de documentos legais estão presos, com incontáveis vidas e oportunidades deixadas no limbo”, escreveu, no Twitter, o médico palestino Belal Aldabbour.

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