Neste sábado (19), Israel condenou o presidente recém-eleito do Irã Ebrahim Raisi ao descrevê-lo como o “mais radical até então”, supostamente comprometido em acelerar os avanços do programa nuclear iraniano, reportou a agência Reuters.
“O novo presidente do Irã, conhecido como o Açougueiro de Teerã, é um extremista responsável por milhares de mortes; comprometido com as ambições nucleares do regime e sua campanha terrorista global”, alegou o chanceler israelense Yair Lapid no Twitter.
Uma declaração oficial do Ministério de Relações Exteriores de Israel alegou ainda que a vitória eleitoral de Raisi deve “incitar grave preocupação entre a comunidade internacional”.
O novo governo israelense, que tomou posse no último domingo (13), prometeu rechaçar a restauração do acordo nuclear assinado entre Teerã e potências estrangeiras.
Israel considera a possibilidade de um Irã armado com bombas atômicas uma ameaça existencial. Teerã nega qualquer objetivo beligerante em seu programa nuclear.
A nova coalizão israelense, reunida por Lapid e liderada pelo político de extrema-direita Naftali Bennett, manteve a postura do ex-premiê Benjamin Netanyahu sobre a questão.
Afirmou a chancelaria: “Mais do que nunca, o programa nuclear iraniano deve ser interrompido imediata e indefinidamente … Seu programa balístico deve ser desmantelado e sua campanha terrorista global deve ser vigorosamente enfrentada por uma coalizão internacional”.
Raisi, ex-chefe do judiciário, é alvo de sanções dos Estados Unidos por abusos de direitos humanos.
Como esperado, o político conservador assegurou sua vitória nas eleições presidenciais do Irã, após um pleito marcado pela apatia do eleitorado devido às dificuldades socioeconômicas e restrições políticas impostas à população.