Os Estados Unidos decidiram retirar suas baterias de defesa balística Patriot de quatro estados do Oriente Médio, como parte das operações para reduzir sua presença militar na região, segundo informações divulgadas pelo Wall Street Journal.
Ao mencionar oficiais americanos em condição de anonimato, o periódico revelou na sexta-feira (18) que o Pentágono está atualmente em processo de remover oito baterias Patriot da Arábia Saudita, Iraque, Kuwait e Jordânia.
O chamado Terminal de Defesa da Área de Alta Altitude (THAAD), sistema instalado em solo saudita pelo governo do ex-presidente Donald Trump, também deve ser removido. Centenas de soldados dos Estados Unidos que operam os sistemas serão transferidos.
Segundo as informações, a retirada começou no início do mês, após o Secretário da Defesa Lloyd Austin telefonar a Mohammed Bin Salman, príncipe herdeiro e governante de fato da Arábia Saudita, em 2 de junho, para informá-lo da medida.
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Entretanto, a remoção de baterias bélicas não sugere o recuo completo de tropas americanas da região, reiteraram as fontes. “Ainda temos nossas bases no território de nossos parceiros do Golfo … não serão fechadas e ainda há presença substancial na região”, insistiu um oficial.
Muitos enxergam a diminuição das forças dos Estados Unidos no Iraque e Afeganistão, assim como a transferência de baterias balísticas, como a última tentativa do atual presidente Joe Biden de desescalar tensões regionais com o Irã.
Uma série de eventos no último ano, incluindo ataques a drones contra instalações petrolíferas sauditas e disparos de milícias ligadas a Teerã contra forças americanas no Iraque, resultaram no emprego inicial de tropas e baterias antimísseis na Arábia Saudita.
Há três meses, a imprensa local revelou que Washington planejava instalar um sistema móvel de mísseis de curto alcance, denominado AN/TWQ-1 Avenger, na Síria e Iraque.
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