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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Senadores americanos criticam Chile por proposta de boicote a Israel

Sergio Gahona e outros deputados chilenos apresentam o projeto de lei que sanciona importações de assentamentos ilegais israelenses, em 2 de junho de 2021, Santiago, Chile [Comunidade Palestina do Chile]

Senadores americanos chamaram de “antissemitismo” o projeto de lei apresentado por parlamentares chilenos que busca punir a importação de bens e serviços de assentamentos ilegais israelenses. Eles também sugeriram que “incitar a desvinculação comercial com Israel” poderia prejudicar as relações entre o Chile e os Estados Unidos da América.

No início deste mês, dez deputados chilenos da bancada transversal apresentaram o projeto de lei para sancionar importações de colônias israelenses ilegais em territórios ocupados, com base nas recomendações emitidas pela organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) em relação à “ocupação abusiva” imposta pelo Estado de Israel à população palestina. “Não podemos parar uma guerra, mas podemos dar sinais claros do que está acontecendo em território palestino são crimes abomináveis contra a humanidade”, disse o deputado chileno Sergio Gahona, presidente do grupo Interparlamentar Chileno-Palestino, que liderou a iniciativa. A proposta teve o apoio tanto de parlamentares da oposição, quanto do governo.

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Após a divulgação da proposta, várias organizações sionistas acusaram o projeto de “antissemitismo” e dois senadores republicanos dos Estados Unidos afirmaram estarem “preocupados” com a proposta chilena.

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“É preocupante que membros do parlamento chileno tenham elaborado iniciativas antissemitas e estejam incitando a desvinculação comercial com Israel. Não podemos permitir que este tipo de proposta prejudique o relacionamento entre os EUA e o Chile, que tem sido baseado em apoio mútuo e cooperação”, publicou no Twitter o senador Marco Rubio, do estado da Flórida.

O senador do Texas, Ted Cruz, também afirmou ser “preocupante”, alegando que isso limitaria as parcerias do Chile com outros países e que as empresas americanas no país latino perderiam benefícios fiscais. “Preocupante. Boicotar nossos aliados israelenses iria pressionar muito as relações e os laços comerciais entre os EUA e o Chile”, disse.

O deputado chileno da Frente Ampla, Jorge Brito, justificou o projeto de lei. É devido ao nosso compromisso de respeitar os direitos humanos que acolhemos o chamado das organizações internacionais e queremos estabelecer que nosso país não permita a comercialização de produtos que são fabricados em territórios ocupados militarmente e ilegalmente de acordo com o direito internacional”, disse.

“Existem mais de 80 assentamentos israelenses na Palestina que extraem recursos naturais ou fabricam produtos no mesmo local onde os soldados atacam, detêm crianças e adolescentes. Acreditamos que esta medida avança no caminho da paz e esperamos que ela possa se tornar lei”, acrescentou Brito.

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