Nesta segunda-feira (21), a múmia de Anquefenconsu, um sacerdote de Luxor, no Antigo Egito, foi transferida do Museu Arqueológico Cívico de Bérgamo para realizar uma tomografia computadorizada no Hospital Policlínico de Milão. A pesquisa busca rastrear a identidade e reconstruir a vida e a morte do sacerdote, buscando quais produtos foram usados para conservar a múmia. Também será feita a reconstrução forense de seu rosto para descobrir a sua fisionomia.
O exame foi feito por uma equipe experiente de radiologia do hospital após o horário normal de funcionamento. É o primeiro passo do projeto “Uma múmia a ser salva” concebido pelo Projeto Múmia, um centro de pesquisa e desenvolvimento que restaura a identidade de múmias, completando a estrutura histórica e cultural da qual elas se originam. A múmia será então submetida a análises químicas e físicas com a colaboração das Universidades de Milão e Turim, e uma restauração completa que permitirá a sua exibição na nova seção egípcia do Museu Cívico de Bérgamo.
Segundo o Milano Today, a múmia foi doada à cidade de Bérgamo em 1885, com seu sarcófago, por Giovanni Venanzi, cônsul da Itália em Alexandria. Ela veio de Luxor, a antiga Tebas. “O sarcófago – lê a explicação no site do museu Bergamasco – , datável da XXII Dinastia (900-800 a.C.), tem forma antropóide e consiste de uma caixa com tampa em madeira de cedro; uma segunda tampa, muito semelhante à primeira, estava dentro descansando diretamente sobre a múmia. A caixa e a tampa são adornadas com cenas religiosas, nas quais, além do falecido, aparecem numerosas divindades. As várias cenas são intercaladas com inscrições dispostas em colunas verticais. O falecido pode ser identificado como sacerdote graças ao nome repetido cinco vezes no caixão: Anquefenconsu, o que significa ‘o deus Consu está vivo’”.