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Hospital de Milão faz tomografia em múmia egípcia para reconstruir sua identidade

Múmia do sacerdote egípcio Anquefenconsu durante uma tomografia computadorizada no Hospital Policlínico de Milão, em 21 de junho de 2021, Itália [Reprodução/ Hospital Policlínico de Milão via Facebook]

Nesta segunda-feira (21), a múmia de Anquefenconsu, um sacerdote de Luxor, no Antigo Egito, foi transferida do Museu Arqueológico Cívico de Bérgamo para realizar uma tomografia computadorizada no Hospital Policlínico de Milão. A pesquisa busca rastrear a identidade e reconstruir a vida e a morte do sacerdote,  buscando quais produtos foram usados para conservar a múmia. Também será feita a reconstrução forense de seu rosto para descobrir a sua fisionomia.

O exame foi feito por uma equipe experiente de radiologia do hospital após o horário normal de funcionamento. É o primeiro passo do projeto “Uma múmia a ser salva” concebido pelo Projeto Múmia, um centro de pesquisa e desenvolvimento que restaura a identidade de múmias, completando a estrutura histórica e cultural da qual elas se originam. A múmia será então submetida a análises químicas e físicas com a colaboração das Universidades de Milão e Turim, e uma restauração completa que permitirá a sua exibição na nova seção egípcia do Museu Cívico de Bérgamo.

Segundo o Milano Today, a múmia foi doada à cidade de Bérgamo em 1885, com seu sarcófago, por Giovanni Venanzi, cônsul da Itália em Alexandria. Ela veio de Luxor, a antiga Tebas.  “O sarcófago – lê a explicação no site do museu Bergamasco – , datável da XXII Dinastia (900-800 a.C.), tem forma antropóide e consiste de uma caixa com tampa em madeira de cedro; uma segunda tampa, muito semelhante à primeira, estava dentro descansando diretamente sobre a múmia. A caixa e a tampa são adornadas com cenas religiosas, nas quais, além do falecido, aparecem numerosas divindades. As várias cenas são intercaladas com inscrições dispostas em colunas verticais. O falecido pode ser identificado como sacerdote graças ao nome repetido cinco vezes no caixão: Anquefenconsu, o que significa ‘o deus Consu está vivo’”.

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