Nesta terça-feira (22), durante coletiva de imprensa sobre a pandemia e a vacinação, o Ministro da Saúde da Tunísia Fawzi Mahdi afirmou que a maioria dos casos de covid-19 no país remetem à variante britânica do vírus.
Mahdi explicou que testes poderão permitir que seja identificada a evolução genética do coronavírus e as cepas que se espalharam no país, sobretudo nas províncias mais atingidas.
O ministro advertiu que a maior parte dos tunisianos ainda não demonstra ciência da gravidade da situação e insiste em descumprir medidas de prevenção e protocolos de saúde.
Campanhas de testagem foram intensificadas por todo o país.
Mahdi alegou, no entanto, que aglomerações em ambientes públicos ou privados e mesmo manifestações estão por trás da escalada na crise sanitária na Tunísia e exortou a população a respeitar as medidas estabelecidas pelo governo.
Segundo o ministro, a variante indiana do covid-19 não foi detectada no país até então.
A Tunísia possui cerca de 450 leitos para recuperação de pacientes com coronavírus e obteve recentemente novos respiradores, totalizando 2.431 respiradores disponíveis.
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O Ministério da Saúde instalou um novo hospital de campo na província de Beja e abriu dezoito centros de vacinação no país norte-africano.
Após uma nova onda de infecções, o governo decidiu anunciar quarentena nas províncias de Kairouan, Siliana e Beja, além de Zaghouan, ao sul da capital Túnis.
Até segunda-feira (21), foram registrados 385.428 casos e 14.118 mortes. Em torno de 1.6 milhão de pessoas foram vacinadas até então, cerca de 10% da população.