O primeiro-ministro sudanês, Abdalla Hamdok, anunciou ontem uma iniciativa para unificar as facções que conduzem o país em sua fase de transição após a derrubada do ditador Omar Al-Bashir.
A mídia local noticiou o alerta de Hamdok sobre fraturas “profundamente preocupantes” nas forças de segurança do país ontem, e pediu a reconciliação entre civis e facções políticas militares que compõem o governo de transição.
“Todos os desafios que enfrentamos, em minha opinião, são uma manifestação de uma crise mais profunda que é principalmente política”, disse Hamdok a jornalistas.
Ele apontou as divisões entre os ativistas pró-democracia que lideraram os protestos de dezembro de 2018 contra Bashir, acrescentando que a fragmentação dentro dos militares também era “uma questão profundamente preocupante”. Sua iniciativa garante que os grupos armados sejam integrados às forças armadas e não operem de forma independente.
Depois que protestos em massa eclodiram em todo o Sudão no final de 2018, pedindo a “queda do regime”, o exército deteve o presidente Al-Bashir e declarou estado de emergência. Um conselho civil-militar passou a liderar um período de transição.
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