O governo iraquiano anunciou ontem (24) a deportação de milhares de trabalhadores estrangeiros, segundo informações da agência Anadolu. Quatrocentas empresas foram encaminhadas ao judiciário por descumprir a legislação trabalhista.
“Milhares de trabalhadores estrangeiros cuja residência era ilegal e que afetavam assim oportunidades de emprego no Iraque foram expatriados”, confirmou o Ministro do Trabalho e Assuntos Sociais Adel al-Rikabi.
A lei iraquiana determina que todas as empresas reservem ao menos 50% de sua força de trabalho a cidadãos nacionais. Contudo, elementos do setor privado ainda preferem empregar imigrantes sob salários mais baixos e maior carga horária.
Segundo al-Rikabi, um alerta foi emitido a outras 350 empresas para que implementem a lei conforme um cronograma específico. O ministro observou também que violações serão devidamente processadas pela promotoria pública.
Os iraquianos protestam há anos contra as altas taxas de desemprego e pobreza no país.
Segundo dados recentes do Ministério do Planejamento, a taxa de desemprego na nação rica em petróleo chegou a 27%, com índices de pobreza em torno de 25% da população.
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