O Irã possui drones com alcance de 7.000 km, declarou Hossein Salami, comandante-chefe da Guarda Revolucionária, neste domingo (27), segundo informações da agência Reuters.
O comentário pode ser considerado em Washington como ameaça à segurança regional, à medida que Teerã ainda negocia com seis potências estrangeiras a restauração do acordo nuclear abandonado pelo ex-presidente americano Donald Trump, em 2018.
Analistas ocidentais insistem que o Irã costuma exagerar suas capacidades, mas alertam que os drones são um elemento fundamental para a vigilância territorial do país, sobretudo no estreito de Hormuz, que transporta cerca de um quinto do petróleo global.
Teerã e aliados no Iraque, Iêmen e Síria cada vez mais recorrem a drones militares.
“Temos veículos aéreos não-tripulados com alcance de sete mil quilômetros”, enfatizou o comandante máximo iraniano, segundo a agência estatal IRNA. “Eles podem voar e voltar para a casa sem problemas ou pousar não importa onde planejado”.
O Presidente dos Estados Unidos prometeu ressuscitar e eventualmente expandir o pacto nuclear de 2015 para restringir as capacidades de mísseis do Irã e outras atividades atômicas e militares, em troca da suspensão de sanções.
Porém, a república islâmica descartou negociações sobre seu potencial balístico e seu papel no Oriente Médio, onde Irã e Arábia Saudita rivalizam em guerras por procuração.
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