A seca nas principais bacias hidrográficas que abastecem o país, por causa de um baixo volume de chuvas na região dos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por 70% da geração de energia no Brasil, vai impactar ainda mais os brasileiros que sofrem com a pandemia, a subida do dólar afetando produtos básicos, o desemprego e, agora, o aumento na conta de luz.
Com o menor volume de chuvas registrado dos últimos 91 anos, a crise hídrica obriga o uso das usinas termoelétricas, elevando o preço da energia e pressionando a inflação.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já informou que a conta de luz deverá seguir com a taxa extra mais elevada em julho, o que será definido em reunião da agência nesta terça-feira (29).
A bandeira tarifária para junho será vermelha patamar 2. A seca impacta os reservatórios das hidrelétricas do País e, por isso, a população deve usar a energia de forma consciente, já que as termelétricas, mais caras, precisam ser mais acionadas. https://t.co/7Mbs7VBOBg pic.twitter.com/dNyc7u8hHz
— ANEEL (@ANEEL_govbr) May 29, 2021
No momento, os consumidores pagam pela bandeira vermelha patamar dois, com tarifa de R$ 6,24 a mais a cada 100 quilowatts/hora (kWh) consumidos. André Pepitone, diretor geral da Aneel, prevê a bandeira vermelha dois terá reajuste superior a 20%, ultrapassando R$ 7,50. Esse será o terceiro aumento do ano.
O sistema de bandeiras tarifárias da Aneel acompanha o custo da geração de energia, sendo que as cores verde, amarela ou vermelha indicam a variação, para mais ou para menos, na conta final do consumidor.
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