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Legislador turco: O Egito deveria “reverter as sentenças de morte” dos membros da Irmandade Muçulmana

Ali Kemal Aydn (E), embaixador turco na Alemanha, Peter Kuespert (atrás de Aydin), presidente do tribunal constitucional da Baviera, e Mustafa Yeneroglu (D), membro do parlamento turco, conversam fora do Oberlandesgericht, em 11 de julho de 2018, em Munique, Alemanha [Andreas Gebert/Getty Images].

Um legislador turco de longa data apelou nesta terça-feira ao Egito para reverter as sentenças de morte proferidas aos membros da Irmandade Muçulmana, informou a Agência Anadolu.

“A implementação destas sentenças de morte dará um duro golpe na reputação do Egito na arena internacional”, disse Mustafa Yeneroglu, deputado do Partido Democracia e Progresso (DEVA) de Istambul, aos repórteres.

“Irá dar outro grande golpe na paz social. Causará feridas irreversíveis e irreparáveis na consciência pública. Esta decisão errada deve ser revertida o mais rápido possível”.

Yeneroglu acrescentou que os líderes e membros da Irmandade Muçulmana foram condenados em julgamentos de fachada.

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“A Turquia e o Egito deveriam abrir um novo capítulo nas relações bilaterais”, enfatizou.

A Turquia deveria trabalhar contra as sentenças de morte junto ao Conselho da Europa, a União Européia e a ONU, disse.

Em 14 de junho, a mais alta corte civil do Egito manteve as sentenças de morte de 12 membros da Irmandade Muçulmana, incluindo os líderes seniores Mohamed al-Beltagy, Safwat Hegazy, Abdel-Rahman el-Bar, Osama Yassin (ex-ministro egípcio), e Ahmed Aref.

Em agosto de 2013, o exército e a polícia dispersaram os protestos no Cairo dos partidários do presidente Mohamed Morsi, que foi deposto em julho, e em 2019 ele desmaiou em uma sala de audiências e faleceu.

De acordo com o Conselho Nacional de Direitos Humanos oficial do Egito, 632 pessoas foram mortas, incluindo oito policiais, quando as forças de segurança dispersaram violentamente os protestos pró-Morsi em Rabaa al-Adawiya e nas praças al-Nahda de Giza.

Grupos internacionais de direitos humanos, entretanto, dizem que o número de mortes foi muito maior.

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