Para Arábia Saudita, solução política é a única maneira de resolver o conflito na Síria

A única maneira de resolver o conflito na Síria é por meio de uma solução política de acordo com a Resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU, disse o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita. O príncipe Faisal Bin Farhan fez seu comentário durante uma reunião ministerial conjunta sobre a Síria em Roma ontem.

“A ausência de vontade internacional efetiva para resolver a crise síria”, explicou Bin Farhan, “contribuiu para a oportunidade de algumas partes implementarem projetos expansionistas, sectários e demográficos que visam mudar a identidade da Síria e anuncia o prolongamento da crise síria e seus efeitos regionais e internacionais”.

A Agência de Imprensa Saudita, apoiada pelo Estado, informou que ele enfatizou a importância do consenso internacional para parar o sofrimento do povo sírio. “Também é importante chegar a uma solução para a crise das passagens de fronteira e garantir o fluxo de ajuda internacional a quem a merece”.

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A Arábia Saudita foi um dos países regionais que cortou relações diplomáticas com a Síria após o início da revolução síria em 2011 e a repressão brutal aos protestos pacíficos pelo regime de Bashar Al-Assad. Este último também viu a adesão da Síria à Liga Árabe suspensa.

Com os grupos de oposição síria sendo empurrados para o norte e Assad recuperando o controle de grande parte de seu antigo território com a ajuda da Rússia e do Irã, alguns estados da região restauraram suas relações com o regime.

Os Emirados Árabes, por exemplo, reabriram sua embaixada em Damasco em 2018, e Omã renomeou seu enviado à Síria no ano passado. A posição de Riad sobre a Síria, porém, tem sido complicada, pois o Reino se abstém de restaurar os laços com Assad, dizendo que é muito cedo para fazer isso.

As coisas ficaram mais claras em maio, quando uma delegação saudita visitou Damasco para se encontrar com Assad para os planos de reabrir a embaixada na capital síria. Em seguida, uma delegação síria visitou o Reino pela primeira vez em uma década. Desde então, um assessor de Assad confirmou que os dois estados estão fazendo esforços para melhorar suas relações.

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