A Arábia Saudita planeja lançar sua segunda companhia aérea nacional como parte do projeto Visão 2030, conjunto de reformas propostas pelo príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman para diversificar a economia do país para além de sua dependência do petróleo.
Segundo a imprensa local, a nova empresa deverá levar a Arábia Saudita à quinta colocação global em termos de tráfego aéreo.
Contudo, não foram concedidos detalhes sobre a data ou procedimentos de lançamento.
Na última semana, a rede Gulf News reportou que o regime saudita avalia a construção de um novo aeroporto em Riad, que serviria como base à nova companhia aérea.
O fundo soberano da monarquia, estimado em US$430 bilhões, anunciou neste ano que também cogitava investir no setor de aviação, sob expectativa de um boom no turismo. A meta é alcançar cem milhões de turistas anuais até 2030, seis vezes mais do que em 2019.
A adição de uma segunda companhia no mercado de aviação implica em novos destinos internacionais, além de ampliar a capacidade de transporte de carga da monarquia a mais de 4.5 milhões de toneladas, quase o dobro em relação ao volume atual.
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O setor de aviação e turismo, duramente atingido pela pandemia de coronavírus, pode assim ser capaz de recuperar parte de suas perdas, segundo as informações.
O projeto de “modernização” de Bin Salman tem como objetivo aumentar os recursos sauditas não-petrolíferos a cerca de 45 bilhões de ryials (US$12 bilhões) até 2030.
Ao tornar-se um novo centro de logística global — o que demanda também o desenvolvimento de portos, rodovias e ferrovias —, o setor de transporte deverá aumentar o produto interno bruto (PIB) da monarquia de 6% a 10%, segundo a agência estatal SPA.
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