A gigante das bebidas Coca-Cola está sendo criticada por uma nova ferramenta que não deixa os clientes personalizarem suas próprias garrafas de coca com palavras como “Palestina” e “Black Lives Matter”, enquanto permite frases ofensivas como “Orgulho Branco”, “fascismo” e “domínio nazista”.
Clientes preocupados compartilharam no Twitter quando descobriram que as restrições estavam longe de serem abrangentes.
O usuário do Twitter, Rami Ismail, um desenvolvedor de videogames e fundador da GameDev, indicou que na loja dos EUA, a palavra ‘Palestina’ está bloqueada, assim como o nome Mohammed.
1. Go to https://t.co/JiabeZBSoA
2. Enter "Palestine"
3. Get an error because Coca Cola thinks Palestine is offensive.
4. Enter "Israel"
5. Get no error because Coca Cola thinks Israel is not offensive.What's up @CocaCola?
— Rami Ismail (رامي) (@tha_rami) June 21, 2021
Ismail seguiu com um tweet adicional: “Oh, e desculpe @osamadorias, não posso compartilhar uma Coca-Cola com você. Osama é proibido. E Mohammed também não pode ter uma Coca-Cola no momento. Muito bem, @CocaCola. Apenas baniu o nome mais comum na Terra porque vocês não consideram que existam árabes ou muçulmanos”.
“Oops! Parece que o nome que você solicitou não é um nome aprovado”, diz a mensagem no site. “Nomes podem não ser aprovados se forem potencialmente ofensivos a outras pessoas, marcas registradas ou nomes de celebridades. Temos trabalhado muito para corrigir esta lista, mas às vezes erramos”.
A corporação já lançou anteriormente várias iniciativas comerciais de “Compartilhe uma Coca-Cola” para incentivar os clientes a consumi-la como a bebida de verão de sua escolha. Este ano, ela abriu sua ferramenta de personalização com palavras como parte de uma nova campanha que expôs os ideais sociais da empresa.
Outro usuário do Twitter, Laura Kate Dale, indicou que o site “bloqueia ‘Black Lives Matter’, mas permite ‘blue lives matter’ e ‘Nazis’. Eu tenho testado isso um pouco”.
The website also blocks "Black Lives Matter", but allows "blue lives matter" and "Nazis".
I've been testing it for a bit.
— Laura Kate Dale (@LaurakBuzz) June 21, 2021
“Continuei por alguns minutos, e há muitos outros mais ofensivos que foram aprovados. Porém, eles se atentaram a não permitir nomes palestinos e muçulmanos comuns”, escreveu um usuário, que postou screenshots de frases aprovadas, incluindo ‘escravidão’.
To say that Coke fucked this one up is the understatement of the century.
I kept going for a few minutes, and there's a lot more offensive ones that went through fine.
Real glad they covered their bases with Palestine and common Muslim names tho. pic.twitter.com/kMllQtZ5Gy
— Nick McCormick (@NickTonyMack) June 21, 2021
It all started because as far as Coca cola is concerned, Palestine is an offensive name.
Apartheid is an approved name though. pic.twitter.com/PsrWVWerzj
— IoM Democratic Deficit🇵🇸🇮🇲🏴☠️🎗️🟨🟥✊🏿 (@DeficitIom) June 22, 2021
DID YOU KNOW . .
Coca-Cola allows "White Lives Matter" and "I am a Nazi" on personalized cans, but not "Black Lives Matter" or "Palestine". Companies are still suppressing Black and Palestinian causes.
— LaLa | #StillSingleSeries (@TheOnyx_Girl) June 25, 2021
Anteriormente, os usuários do Twitter informaram que ‘Israel’ era aceito, mas agora tanto este como a frase ‘Blue Lives Matter’ parecem ter sido banidos..
Em resposta às críticas, a Coca-Cola disse que estava “refinando e melhorando” o recurso.
“Estamos continuamente refinando e melhorando nossa ferramenta de personalização de Compartilhe uma Coca-Cola para garantir que ela seja usada apenas para seu propósito – para os fãs da Coca-Cola celebrarem uns com os outros e fazerem conexões”, disse a empresa em uma declaração à Newsweek.
“Acrescentamos termos e frases se sentirmos que são consistentes com essa intenção”.