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Coca-Cola é criticada por proibir palavra Palestina e nomes árabes em garrafas personalizadas

Garrafa de Coca-Cola em uma fábrica de engarrafamento, em Utah, 10 de fevereiro de 2017 [George Frey/Getty Images]

A gigante das bebidas Coca-Cola está sendo criticada por uma nova ferramenta que não deixa os clientes personalizarem suas próprias garrafas de coca com palavras como “Palestina” e “Black Lives Matter”, enquanto permite frases ofensivas como “Orgulho Branco”, “fascismo” e “domínio nazista”.

Clientes preocupados compartilharam no Twitter quando descobriram que as restrições estavam longe de serem abrangentes.

O usuário do Twitter, Rami Ismail, um desenvolvedor de videogames e fundador da GameDev, indicou que na loja dos EUA, a palavra ‘Palestina’ está bloqueada, assim como o nome Mohammed.

Ismail seguiu com um tweet adicional: “Oh, e desculpe @osamadorias, não posso compartilhar uma Coca-Cola com você. Osama é proibido. E Mohammed também não pode ter uma Coca-Cola no momento. Muito bem, @CocaCola. Apenas baniu o nome mais comum na Terra porque vocês não consideram que existam árabes ou muçulmanos”.

“Oops! Parece que o nome que você solicitou não é um nome aprovado”, diz a mensagem no site. “Nomes podem não ser aprovados se forem potencialmente ofensivos a outras pessoas, marcas registradas ou nomes de celebridades. Temos trabalhado muito para corrigir esta lista, mas às vezes erramos”.

A corporação já lançou anteriormente várias iniciativas comerciais de “Compartilhe uma Coca-Cola” para incentivar os clientes a consumi-la como a bebida de verão de sua escolha. Este ano, ela abriu sua ferramenta de personalização com palavras como parte de uma nova campanha que expôs os ideais sociais da empresa.

Outro usuário do Twitter, Laura Kate Dale, indicou que o site “bloqueia ‘Black Lives Matter’, mas permite ‘blue lives matter’ e ‘Nazis’. Eu tenho testado isso um pouco”.

“Continuei por alguns minutos, e há muitos outros mais ofensivos que foram aprovados. Porém, eles se atentaram a não permitir nomes palestinos e muçulmanos comuns”, escreveu um usuário, que postou screenshots de frases aprovadas, incluindo ‘escravidão’.

Anteriormente, os usuários do Twitter informaram que ‘Israel’ era aceito, mas agora tanto este como a frase ‘Blue Lives Matter’ parecem ter sido banidos..

Em resposta às críticas, a Coca-Cola disse que estava “refinando e melhorando” o recurso.

“Estamos continuamente refinando e melhorando nossa ferramenta de personalização de Compartilhe uma Coca-Cola para garantir que ela seja usada apenas para seu propósito – para os fãs da Coca-Cola celebrarem uns com os outros e fazerem conexões”, disse a empresa em uma declaração à Newsweek.

“Acrescentamos termos e frases se sentirmos que são consistentes com essa intenção”.

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