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Polícia dispersa protestos que condenam a deterioração das condições de vida no Sudão

Sudaneses marcham durante uma manifestação na capital Cartum exortando o governo a renunciar à justiça atrasada e às duras reformas econômicas atuais, em 30 de junho de 2021 [ASHRAF SHAZLY/AFP via Getty Images]

Centenas de manifestantes saíram às ruas para expressar sua ira contra as precárias condições econômicas e de vida, dirigindo-se ao palácio presidencial em Cartum no segundo aniversário do movimento de 30 de junho. Naquele dia, em 1989, Omar Al-Bashir tomou o poder em um golpe que o levou a permanecer no topo da liderança do país por 30 anos. Ele foi deposto após protestos populares em 2019.

A polícia utilizou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes e bloqueou as rotas que levam ao palácio. Também foram estabelecidos postos de controle nas entradas do palácio presidencial e do Conselho de Ministros, enquanto as estradas que levam ao centro da capital foram obstruídas com veículos blindados e barreiras de concreto.

Outros manifestantes fecharam a estrada entre Cartum e a cidade de Port-Sudão, disseram testemunhas à Agência Anadolu.

Os protestos vieram em resposta aos apelos para rejeitar as políticas do governo, em meio à situação econômica em declínio no país.

Protestos realizados em 30 de junho de 2019 levaram a negociações entre o Conselho Militar dissolvido e a Aliança das Forças de Liberdade e Mudança (FFC), que representa o movimento de protesto civil. Mais tarde, foi assinado um acordo que estabeleceu uma fase de transição e um acordo de partilha de poder entre os movimentos civis e militares.

LEIA: Sudão entregará funcionários ao TPI por alegados crimes de guerra em Darfur

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