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Ministro das finanças da Autoridade Palestina diz que Israel restringe 60% da arrecadação

Notas de Shekels israelenses marcadas com adesivos de "Palestina Livre", em 7 de março de 2011, na cidade de Ramallah, Cisjordânia [Abbas Momani/AFP/Getty Images]
Notas de Shekels israelenses marcadas com adesivos de "Palestina Livre", em 7 de março de 2011, na cidade de Ramallah, Cisjordânia [Abbas Momani/AFP/Getty Images]

O Ministro de Finanças da Autoridade Palestina, Shukri Bishara, revelou que o papel de Israel na cobrança de impostos e taxas alfandegárias limita a capacidade de Ramallah de controlar 60 por cento de sua receita pública.  Ele fez o comentário após encontrar-se com a secretária de Estado Britânica para o Comércio Internacional, Liz Truss, na Cisjordânia ocupada.

“Israel controla as fronteiras, pontos de passagem e áreas sob ocupação militar na Cisjordânia”, explicou Bishara. “As medidas do estado de ocupação”, acrescentou ele, “limitam a capacidade da AP de gastar e investir na construção do estado”.

O ministro ressaltou que Israel obstrui a liberdade de circulação de mercadorias, bem como os esforços da AP para desembaraçar as alfândegas dentro dos territórios palestinos e o comércio diretamente via Jordânia.

“O progresso na resolução destas questões permitirá ao povo palestino obter recursos suficientes para lidar com suas necessidades básicas de desenvolvimento, especialmente à luz da diminuição do apoio financeiro internacional”, sugeriu ele. São necessários esforços internacionais para ajudar a emendar o Protocolo Econômico de Paris com Israel, porque ele se tornou “um pesado fardo para a economia palestina e contradiz os esforços internacionais de desenvolvimento na Palestina”.

Bishara referiu-se à situação financeira da AP e às crises causadas pela ocupação israelense, especialmente durante a pandemia do coronavírus. “É difícil para o povo palestino superar estas sucessivas crises financeiras, que devem ser detidas imediatamente, pois a economia ainda tem um longo caminho a percorrer para se recuperar de tudo o que aconteceu”.

Segundo o ministro da AP, Truss confirmou durante a reunião que o governo britânico trabalhará para apoiar os palestinos em suas exigências legítimas e para encontrar soluções com Israel que melhorem as condições financeiras e econômicas.

LEIA: Enquanto os palestinos exigem respostas, a AP não tem mais nada além de tirania

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