Autoridades do regime egípcio do presidente e general Abdel Fattah el-Sisi executaram Moataz Mostafa Hassan, estudante de 25 anos, condenado por tentativa de assassinato contra o ex-chefe da Diretoria de Segurança de Alexandria, após sua confissão sob tortura.
A família do jovem foi notificada de sua execução neste domingo (4) e deverá retirar o corpo no Necrotério de Zeinhom, na cidade do Cairo.
Em junho de 2020, a Suprema Corte de Segurança do Estado condenou à morte três réus, incluindo Hassan, e outros onze a prisão perpétua pela suposta tentativa de assassinato contra o general Mostafa el-Nemr, em 2018. Dois guardas de Nemr foram mortos no incidente.
Segundo a Rede Egípcia de Direitos Humanos (REDH), Hassan foi torturado dentro de um quartel de Alexandria, após ser detido, e confessou como resultado da violência.
Em dezembro, a organização de direitos humanos Anistia Internacional reiterou suas críticas ao que descreveu como “onda aterradora de execuções” no Egito.
O grupo humanitário Community for Justice documentou ao menos 87 execuções conduzidas pelas autoridades egípcias em apenas dois meses — outubro e dezembro de 2020 —, ao reportar o índice como novo recorde da ditadura de Sisi.
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