Neste domingo (4), Khaled Meshaal, chefe do gabinete político do Hamas na diáspora, em entrevista à emissora Al Arabiya TV, exortou a Arábia Saudita a libertar seus prisioneiros palestinos e retomar relações com o movimento de resistência.
Segundo grupos de direitos humanos, a monarquia mantém dezenas de palestinos presos, incluindo o representante oficial do Hamas no país, Mohammad al-Khodari, e seu filho, Hani al-Khodari. As condições de sua prisão são descritas como “bastante precárias”.
Riad jamais emitiu detalhes oficiais sobre os presos palestinos. Entretanto, alega que todos os detentos são mantidos em boas condições, com pleno acesso a seus direitos.
Questionado sobre uma possível troca de prisioneiros com Israel, Meshaal afirmou que as autoridades da ocupação tentam evadir-se da questão. “A resistência palestina insiste na soltura dos presos e sabe muito bem como fazê-lo”, declarou.
Quatro israelenses são mantidos como prisioneiros em Gaza, incluindo dois soldados capturados durante a ofensiva de 51 dias contra o território costeiro, em 2014.
“O Hamas detesta a guerra e a destruição, mas exerce seu dever de defender o povo palestino e seus lugares santos”, reiterou Meshaal, sobre a última ofensiva contra Gaza. “A ocupação deu início às agressões quando atacou al-Quds [Jerusalém] e ignorou nossos alertas”.
Segundo o líder palestino, o movimento de resistência voltou a enfatizar, durante a última campanha militar de Israel, que Jerusalém representa o âmago da causa palestina e que o Hamas não tem qualquer intenção de criar um micro-estado na Faixa de Gaza.
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