O secretariado da União Internacional de Estudiosos Muçulmanos decidiu por unanimidade destituir o ex-grande mufti do Egito Ali Gomaa; o presidente do Conselho Fatwa dos Emirados Árabes, Abdullah Bin Bayyah; e o consultor religioso da Corte do Príncipe Herdeiro de Abu Dhabi, Farouk Hamadeh.
As demissões foram reveladas pelo membro do conselho, Dr. Wasfi Abu Zeid, em uma entrevista à TV Al-Hiwar. Ele sugeriu que entre os motivos da demissão de Gomaa estavam suas opiniões polêmicas, como “quem carrega haxixe no bolso durante a oração, suas orações são válidas, e quem bebe haxixe depois de quebrar o jejum, seu jejum é eficaz”.
O sheikh egípcio também disse que a rainha da Grã-Bretanha é descendente do profeta Muhammad, que a paz esteja com ele, e que o Catar pertence ao catariano Ibn Al-Fuja’a, que liderou uma rebelião contra o califado omíada no século 7.
Gomaa é um crítico ferrenho de grupos islâmicos, incluindo a Irmandade Muçulmana. Ele também é próximo do presidente egípcio Abdel Fattah Al-Sisi, que liderou a derrubada militar do primeiro presidente eleito livremente do país, Mohamed Morsi, em 2013, e fez campanha para sua eleição.
Abu Zeid confirmou que Gomaa havia recebido uma notificação oficial do sindicato para informá-lo de sua demissão.
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