Os serviços de segurança da Autoridade Palestina (AP) detiveram ontem 21 ativistas palestinos, incluindo dez mulheres, que chegaram à praça Al-Manara para protestar contra o assassinato do ativista palestino Nizar Banat, segundo testemunhas.
No mês passado, agentes de segurança da AP invadiram uma casa em Hebron e espancaram brutalmente Nizar Banat até a morte. Banat, 44 anos, criticava abertamente a corrupção praticada pela AP.
O porta-voz da polícia da AP disse em uma declaração que os serviços de segurança detiveram pessoas por tentarem organizar uma reunião sem permissão.
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Os ativistas organizaram a manifestação na Praça Al-Manara para protestarem contra o assassinato de Banat e contra a brutal repressão das autoridades às liberdades.
Em uma entrevista coletiva, a advogada Dana Farraj disse: “A Autoridade Palestina atacou brutalmente os manifestantes, incluindo mulheres idosas e ex-prisioneiros”. Segundo ela, os agentes de segurança prenderam as mulheres pelos cabelos. E estudantes universitários e professores estavam entre os detidos, assim como a advogada Diana Al-Ayesh.
O porta-voz da AP, Ibrahim Milhem, disse que o primeiro-ministro Mohammad Shtayyeh havia ordenado a libertação imediata de todos os prisioneiros, embora muitos permanecessem detidos.